Foto: Bobby Fabisak
Enquanto o brasileiro gasta, em média, 30 minutos para se deslocar de casa ao trabalho, recifenses e moradores de outras áreas da Região Metropolitana da capital pernambucana levaram 38 minutos para fazer este trajeto em 2012. O dado foi divulgado nesta quinta (24) pelo Ipea (Instituto Nacional de Pesos e Medidas) no estudo de indicadores de mobilidade urbana, que comparou ainda o resultado com o tempo levado há 20 anos. Em 1992, os trabalhadores do Grande Recife levavam 32,3 minutos para se deslocar. Já 14% dos recifenses gastam mais de 1 hora até o trabalho, percentual que representa o quinto maior do País.
A pesquisa mostra também que há um fenômeno de 'forte' aumento dos tempos de viagem nos maiores centros urbanos do Norte e Nordeste nos últimos 20 anos. Recife aparece em destaque, ao lado de Belém (32,8 minutos e 35,4% de variação) e Salvador (39,7 minutos e 27,1% de variação).
Sobre o uso de transporte para deslocamento, o estudo aponta que o automóvel continua sendo o principal veículo de posse das famílias. Em Pernambuco, 24% das famílias entrevistadas possuem carro, enquanto 19,5% possuem moto. As motocicletas estão presentes em cerca de 20% dos lares brasileiros. A perpesctiva, segundo o Ipeal, é que este percentual tende a crescer rapidamente, principalmente nas camadas mais pobres, por causa dos menores preços dos veículos de baixa cilindrada.
PNAD indicou também o percentual de trabalhadores que gastam mais de 30 minutos para se deslocar ao trabalho
Os dados mostram, no entanto, que o Norte e o Nordeste são as regiões com menor percentual de motorização, e que no geral, uma grande parte da população ainda não tem veículos privados à disposição. Para o instituto, estes fatores podem indicar uma piora dos pontos negativos do transporte individual nos grandes centros urbanos nos próximos anos.
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