O Metrô do Recife vai
parar por 24 horas a partir da 0h desta sexta-feira (04). A decisão foi
tomada na noite desta terça-feira (1º de outubro) em assembleia dos
funcionários na Estação Central. A decisão foi tomada no dia seguinte a
um quebra-quebra promovido por passageiros na estação do Coqueiral. O
Grupo revoltou-se com um atraso de 20 minutos causada por uma pane em um
trem. Segundo os metroviários, a falta de manutenção nas composições
vem provocando os atrasos que estão irritando a população.
De acordo com o diretor
de Comunicação do Sindicato dos Metroviários, Levi Arruda, a ideia é
parar 100% da frota até a 0h de sábado. A paralisação, destacou Arruda,
"é uma advertência contra a tentativa de a Companhia Brasileira de Trens
Urbanos (CBTU) privatizar o sistema".
"Os trens atrasam porque não têm peças e trabalham com a capacidade reduzida, por falta de manutenção", registrou completou.
Às 18h da próxima
quinta-feira (03), a categoria realiza nova assembleia, também na
Estação Central, para deflagrar a paralisação. Desde o último dia 26, os
metroviários estão em estado de alerta de greve.
Prejuízos
Os usuários do metrô do
Recife vão continuar sendo penalizados pelo ataque de fúria de um grupo
de pessoas que destruiu a estação Coqueiral e danificou dois trens na
última segunda-feira. A bilheteria da estação, um dos alvos dos
passageiros que se irritaram devido a um atraso de 20 minutos em uma
viagem, só deve ser reaberta na sexta-feira. Um dos trens depredados
voltará a circular em 15 dias, mas o segundo só tem retorno previsto
para daqui a dois meses.
Os prejuízos causados
pelo quebra-quebra foram calculados em R$ 600 mil. Para tentar impedir
que ações semelhantes aconteçam, o Metrorec anunciou que enviará um
ofício para a PM solicitando a presença de policiais nas estações do
metrô. O delegado Pablo de Carvalho já adiantou que as imagens dos
circuitos internos serão enviadas para o Instituto de Criminalística
(IC) para que sejam melhoradas e as pessoas identificadas e punidas.
“Vamos tentar apontar as pessoas que depredaram os trens e os outros
objetos, além dos que roubaram ou furtaram coisas da estação”, ressaltou
o delegado.
Em entrevista coletiva
ontem à tarde, na sede do Metrorec, funcionários informaram que, na
segunda-feira, 40,7 mil usuários foram prejudicados pelos distúrbios
causados por um pequeno grupo de homens que, além de quebrar janelas de
trens, a bilheteria e as catracas, destruiu placas de sinalização,
extintores de incêndio, portões de acesso e lixeiras.
Enquanto a área de
embarque do andar térreo estiver em reforma, os usuários devem comprar o
bilhete no outro lado da estação e utilizar a passarela externa para se
locomover até o embarque no primeiro andar. O Metrorec informou que vai
oferecer iluminação e solicitar o reforço no policiamento também na
passarela da estação Coqueiral, onde teriam acontecido assaltos
recentes.
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