segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Comidas vendidas na praia são atração à parte na orla do Recife

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Os ambulantes circulam com suas carrocinhas por toda a orla do Recife
Fotos: Marília Banholzer/NE10

Marília Banholzer Do NE10
Nem só de sol e mar vivem os frequentadores das praias pernambucanas. Na orla do Recife, o cardápio é uma atração à parte. Por isso, passar um dia nas areias de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, e abrir mão de se deliciar com caranguejo, caldinhos, amendoins, ovo de codorna, é tarefa difícil. Apesar de as gostosuras vendidas na orla estarem com os preços cada vez mais salgados - uma fatia de queijo assado é vendido por R$ 4.

Além do preço, os banhistas têm que ficar atentos - principalmente - à higiene dos alimentos. Os ambulantes garantem ser tudo da melhor qualidade, mas a Vigilância Sanitária do Recife alerta que é importante ficar ligado ao se alimentar nas praias para não sofrer com as famosas infecções intestinais.

O consumo de caranguejos vendidos em caldeirões não é confiável, segundo a Vigilância
De acordo com Geise Melo, inspetora sanitária que responde pela Gerência de Alimentos, a primeira coisa que o consumidor precisa estar atento nas compras das comidas vendidas nas praias é como elas estão acondicionadas. "Alimentos como caldinhos, caranguejo, espetinhos devem ser servidos quentes para evitar a contaminação por bactérias", alerta. O mesmo acontece com os alimentos que precisam ser ofertados frios, como ovos de codorna e saladas de frutas, que precisaram estar em recipientes térmicos.

Outro ponto que merece a atenção do banhista que vai se deliciar com as comidas de praia é a higiene do vendedor. "Muitas vezes, a mesma pessoa que manipula a comida recebe o dinheiro. O ideal seria que houvesse uma maneira de o vendedor estar sempre lavando as mãos", ressaltou Geise.
» Confira alguns dos preços praticados entre os ambulantes da Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife:


Para evitar correr qualquer risco de infecção intestinal, a inspetora sanitária orienta que as pessoas escolham se alimentar de frutas que possam ser descascadas e consumidas na mesma hora, beber bastante líquidos (suco, água e água de coco), além de preferir os produtos industrializados.

O queijo assado e o camarão vendidos na praia também são pontos de atenção para Geise Melo. "O camarão deve estar sempre coberto para não ser contaminado com poeira ou areia. Já o queijo não deve ser muito grosso (espessura de dois dedos) para ter certeza de que não vai ficar nada cru", comentou a inspetora.
Vale ressaltar que a preparação de alimentos na praia é proibida, como está previsto no decreto municipal nº 24.312/08. Mesmo assim, não é raro ver carroças com pequenas churrasqueiras em cima transitando pelas areias das praias do Recife. Em geral, esses veículos são usados na venda de espetinhos e queijos assados na hora. Outra proibição é a venda de bebidas (refrigerante, cerveja) em garrafas de vidro, o que vem sendo cumprido pelos ambulantes. Mas, para seguir essa regra, o consumidor precisa desenbolsar R$ 6 por uma lata grande (473 ml) de cerveja, por exemplo.

A preparação de alimentos nas areias da praia é uma proibição descumprida rotineiramente

Sobre o trabalho dos ambulantes na orla recifense, a Secretaria  de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) informou que, desde o início do ano, tem realizado reuniões com representantes dos vendedores. Segundo a Semoc, já existe um cadastramento na prefeitura, que está sendo atualizado. Junto com os ambulantes, a Semoc está discutindo ainda a reorganização do espaço, inclusive com o apoio da iniciativa privada, o que deve reforçar a fiscalização dos "ambulantes ilegais" na praia.

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