quinta-feira, 20 de junho de 2013

A primeira rodada de negociação de reajuste salarial dos rodoviários de Pernambuco chegou ao fim no início da noite da terça-feira (18) sem acordo. O procurador regional do trabalho, Aluísio Aldo da Silva Júnior, que mediou o encontro, ainda emitiu um veto a qualquer tipo de paralisação até o dia 25, quando sindicato e patronato voltam a conversar. Mas, com a indecisão, a Oposição Rodoviária de Verdade confirmou que, mesmo com o decreto, a paralisação da categoria vai acontecer hoje (20).

A ação será similar a que aconteceu na última sexta-feira (14) e terá paralisação do serviço de ônibus das 16h às 19h em pontos estratégicos da capital juntamente com o movimento "À luta, Recife".

O Ministério Público do Trabalho (MPT) media as negociações entre o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado (Urbana) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários. Representantes da Oposição também participaram do encontro, são dois da Oposição dos Rodoviários de Pernambuco e um da Oposição Rodoviária de Verdade.

De acordo com Oposição de Verdade, cerca de 80% dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus aderiram ao movimento e estão com a Oposição de Verdade. Este é o grupo que deve parar. "Não importa o veto, vamos parar. Não estamos de acordo com o sindicato. Patrício Magalhães (presidente do sindicato oficial) quer reajuste de 65%, o que sabemos que não é possível. A estratégia é pedir um alto valor para a negociação ir para dissídio e acatarem um aumento inferior ao que queremos", explicou Aldo Lima, motorista de ônibus e liderança da Oposição de Verdade. 

A Oposição de Verdade quer aumento no valor de ticket de R$ 160 para R$ 300 e reajuste salarial de 33%. "Também vamos pedir para o Ministério Público atuar para que haja uma nova eleição no Sindicato dos Rodoviários. As eleições de 2004 e 2009 nunca existiram", conclui. 

Greve
Na última sexta-feira (14), a Oposição dos Rodoviários articulou uma paralisação de advertência e, das 6h às 9h, houve protesto da categoria. Os motoristas de ônibus pararam por cerca de uma hora e carros de som ecoavam as queixas dos servidores pela Região Metropolitana do Recife.

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