As cidades têm buscado
alternativas para a sempre crescente demanda por transporte público de
qualidade. Os onipresentes carros e ônibus não conseguem mais atender à
população de maneira satisfatória. Outrora considerado ideal, o metrô
deixa de ser a solução única para os anseios da sociedade nas
metrópoles. Nesse contexto, meios diferentes – sejam eles baseados em
exemplos de fora ou totalmente desenvolvidos no Brasil – ganham espaço
nas mentes de engenheiros e começam a deixar as pranchetas para tentar
atingir o objetivo final de mobilidade urbana: o transporte ideal.
Será possível que se
encontre, um dia, o veículo perfeito? Eventualmente as grandes cidades
vão parar de crescer, mas a necessidade de deslocamento eficaz será
ainda maior no futuro. Afinal, quanto mais uma sociedade se desenvolve,
mais ela precisa de melhores meios de transporte – e quando a cidade
avança, aumenta também a carência de soluções para o deslocamento
interno. E são exatamente as cidades mais desenvolvidas que exigem mais
mobilidade. Foram elas o foco do clamor das ruas por melhoria nos
serviços de transportes públicos brasileiros.
A população demonstrou,
revoltada, seu descontentamento com o transporte coletivo – insatisfação
que atingiu o paroxismo nos protestos que tomaram as ruas do País em
junho de 2013. Não é apenas o valor da tarifa que insufla as críticas,
como ficou evidente durante as manifestações: é a estagnação da
infraestrutura, a má qualidade do serviço prestado, a superlotação, a
falta de investimentos duradouros; são os longos congestionamentos, as
escassas opções, as condições ruins das vias, os constantes atrasos.
O poder público – com
significativa participação da iniciativa privada – responde com novos
projetos. A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC de mobilidade urbana, prevê nas principais capitais recursos para obras de BRTs (sistemas de ônibus rápidos), corredores exclusivos de ônibus, monotrilhos, metrôs, veículos leve sobre trilhos (VLTs),
trem urbano, aeromóvel e corredor fluvial. A expansão dos serviços
existentes é um importante passo, mas perde espaço diante de propostas
inovadoras. Por terra, por mar, por ar, os mais variados veículos surgem
para corresponder aos desejos da população.
Cada um desses projetos
conta com características próprias, mas todos compartilham pontos em
comum: a necessidade de atender bem o público a que se destinam, o
aproveitamento de outros caminhos dentro das cidades, a preocupação com a
sustentabilidade. Eles oferecem rapidez, segurança, conforto, aliados
ao ideal da integração com os demais meios. São voltados para o exigente
público atual, mas pensando no futuro. Em um infográfico especial, o
Terra apresenta projetos que estão em execução ou em fase final de
testes no País.
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