quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Imprudência no transito

Feridos por acidentes de moto é maior que a soma de acidentes provocados por outros meios de transporte

Um levantamento realizado pelo Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife, apontou um crescimento no número de atendimentos às vítimas de acidentes com motos no mês de agosto na Região Metropolitana. O número ultrapassa a soma de ocorrências provocadas por outros meios de transporte.
Do total de 165 acidentes envolvendo transporte terrestre durante o mês de agosto, 113 feridos atendidos pela unidade estavam conduzindo moto, o que representa cerca de 68% dos atendimentos.
Excesso de velocidade, ausência de capacete, embriaguez e o despreparo para conduzir as motocicletas são os principais motivos apontados como a causa dos acidentes. A pesquisa também mostrou que o maior número dos acidentados tem entre 18 e 31 anos, sendo em sua maioria do sexo masculino.
Fatores relacionados aos acidentes no mês de agosto:
Condutor sem habilitação                                       32   19%
Excesso de velocidade                                              9     5%
Vítima sem cinto de segurança                                  0     0%
Vítima sem capacete                                               18    11%
Uso de bebida alcoólica                                           28    17%
O médico ortopedista do Hospital Miguel Arraes, Francisco Couto, observa que os acidentes de moto, além de gerar um número maior de ocorrências, ainda provocam ferimentos mais graves. “Os casos mais graves sempre são trazidos à unidade. Recebemos muitas ocorrências de traumatismo craniano e fraturas expostas. Boa parte das lesões mais graves é ocasionada por condutores que não utilizam proteção, principalmente os que conduzem as motos de menores cilindradas, como as cinquentinhas. Nestes tipos de casos a recuperação é mais demorada, podendo levar mais de 30 dias," comenta.
Outro problema ocasionado pelos acidentes que chegam à unidade é superlotação, impedindo que outros atendimentos sejam realizados. “Muitas vezes estamos realizando um atendimento e chega um caso mais grave, uma fratura exposta, por exemplo, e a equipe médica é mobilizada para este tipo de ocorrência, impedindo que outros atendimentos sejam efetuados”, completa.
Natureza do acidente:
Colisão                         96  58%
Atropelamento              20  12%
Tombamento                12    7%
Queda do veículo          25   15%
Choque com objeto fixo   1    0%
Ignorado                          5   3%
Outro                               4   2%
Enquanto as motocicletas são responsáveis pela maioria dos acidentes, as ocorrências envolvendo pedestres representam 9% dos pacientes atendidos no hospital. A bicicleta fica no terceiro lugar com 8%. Já a quarta colocação fica o carro, representando 3% das vítimas.

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