sábado, 18 de janeiro de 2014

Prefeitura inicia reordenamento da orla de Boa Viagem

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Foi exigida a colocação de no máximo 120 cadeiras por barraqueiro em uma área de 12 metros de extensão, liberando espaços para banhistas que não querem usar os serviço
A ação de fiscalização para reordenar o comércio informal na orla de Boa Viagem, no Recife, teve início na manhã deste sábado (18). Fiscais da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc) abordaram os barraqueiros que trabalham na praia entre as Ruas Henrique Capitulino e Padre Carapuceiro. Nesse trecho, ficam 192 dos 622 comerciantes que possuem permissão para comercializar na faixa de areia. 

Aos comerciantes, foi exigido o cumprimento de normas como a colocação de no máximo 120 cadeiras por barraqueiro em uma área de 12 metros de extensão. "É importante que a distância seja cumprida para liberar espaços aos banhistas que não desejam utilizar os serviços dos comerciantes. Essa exigência já vinha sendo negociada há meses com a Associação dos Barraqueiros e por isso o processo caminha sem transtornos", afirmou o secretário da Semoc, João Braga, que acompanhou a fiscalização na manhã deste sábado. Entre um conjunto de barracas e outro, os banhistas passam a ganhar um espaço de 24 metros de extenão. Os comerciantes também são obrigados a deixar uma área livre em frente às cadeiras.

A proibição de instalação de toldos, de som amplificado, garrafas de vidro e manipulação de alimentos na faixa de areia foram outras regras cobradas pelos fiscais. Quem descumprir as normas será multado em R$ 600 e corre o risco de perder a licença para trabalhar na orla. 

A fiscalização ocorreu com tranquilidade, sem resistência dos comerciantes e com a aprovação da população. "Aprovo a ação da prefeitura. Frequento a praia e muitas vezes não quero utilizar os serviços dos barraqueiros, mas era obrigada porque todo o espaço estava ocupado pelas cadeiras", disse a banhista Elizabeth Silva. 

Embora o secretário João Braga afirme que "existe uma gestão compartilhada do local e a ação já estava sendo discutida desde o ano passado", a fiscalização ocorreu uma semana após a entrevista polêmica do empresário Carlos Vasconcelos, conhecido como Pezão, ao Jornal do Commercio. Na entrevista, Pezão, que mantém uma barraca para a classe AA (segundo ele) na orla, disse que servia espumante e realizava eventos à noite, entre outras ações irregulares informadas por ele, como a contratação de policiais militares para a segurança do local.

Na manhã deste sábado, o empresário estava na orla para acompanhar a ação da PCR, mas não quis dar entrevistas para os veículos do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJJC).

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