Parte de reboco de torre da Basílica da Penha começou a cair na Rua das Calçadas na quinta-feira
Fotos: Bobby Fabisak
Pedaços de reboco da Basílica da Penha, no bairro de São José, Centro do Recife, estão desabando na Rua das Calçadas, uma das principais do comércio da cidade. O acidente começou na última quinta-feira (12) e, desde então, o problema se agrava. Na tarde deste domingo (15), a Prefeitura interditou um trecho da via, entre a Praça Dom Vital e a Rua de Santa Cecília. Carros e barracas de ambulantes foram retirados do local. O reboco da torre caiu de uma altura de quase 30 metros.
Construída em 1872, a Basílica da Penha é um monumento preservado pelo Estadode Pernambuco. Por causa de problemas estruturais, está fechada ao público desde setembro de 2007. As obras de restauração começaram em janeiro de 2008, mas, por falta de verba, somente metade dos trabalhos foram executados. O reboco desprendeu de uma das torres sineiras, que está escorada com madeiras há dois anos, como medida de proteção provisória.
Obras de restauração começaram em 2008
O risco de queda do reboco e de chapas metálicas da cúpula das torres sineiras é iminente, diz o restaurador Jorge Tinôco, responsável pela obras de recuperação do templo católico. "A situação é muito grave; cada chapa metálica dessa pesa um quilo e meio. Se uma delas voar, pode provocar uma tragédia", alerta Jorge Tinôco. As duas torres estão escoradas e apresentam os mesmos problemas.
Construída em 1872, a Basílica da Penha é um monumento preservado pelo Estadode Pernambuco. Por causa de problemas estruturais, está fechada ao público desde setembro de 2007. As obras de restauração começaram em janeiro de 2008, mas, por falta de verba, somente metade dos trabalhos foram executados. O reboco desprendeu de uma das torres sineiras, que está escorada com madeiras há dois anos, como medida de proteção provisória.
Obras de restauração começaram em 2008
O risco de queda do reboco e de chapas metálicas da cúpula das torres sineiras é iminente, diz o restaurador Jorge Tinôco, responsável pela obras de recuperação do templo católico. "A situação é muito grave; cada chapa metálica dessa pesa um quilo e meio. Se uma delas voar, pode provocar uma tragédia", alerta Jorge Tinôco. As duas torres estão escoradas e apresentam os mesmos problemas.
Uma delas tem sino e a outra não (aquela que começou a soltar reboco). As duas encontram-se com a parte estrutural em colapso, pela degradação do material, explica o restaurador. Há rachaduras grandes e a estrutura de madeira que sustenta a cúpula está deteriorada, devido a infestação de cupins.
Risco de queda de chapas metálicas em torre da catedral é iminente, diz restaurador
O engenheiro que fez o escoramento das torres sineiras participa de reunião na igreja, na manhã desta segunda-feira (16). Ele vai explicar o que está acontecendo, diz Jorge Tinôco. O encontro deverá reunir representantes da Prefeitura do Recife, do Governo do Estado, da empresa que executa a obra de restauração e da basílica.
FALTA VERBA - Frei Luís de França, pároco e reitor da Basílica da Penha, informa que a obra de recuperação da igreja está ameaçada porque os capuchinhos, que administram o templo, não conseguem captar verbas para concluir o serviço. "Nosso prazo para captar os recursos pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) vai caducar no fim deste mês. Estamos apelando ao Estado e ao município; precisamos de socorro", declara.
A primeira etapa da obra custou pouco mais de R$ 5 milhões, com recursos do Estado, Prefeitura do Recife, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Oi Futuro e doação de fiéis. "Fizemos a coberta, trocamos as instalações elétrica e hidráulica", diz frei França.
Avaliada em R$ 5,2 milhões, a segunda etapa da obra prevê a restauração artística: altares, imagens, telas, afrescos e as torres sineiras. "Infelizmente, por causa da burocracia dos órgãos federais, vamos perder o prazo de captação de recursos. Não vamos conseguir a verba em apenas 15 dias", destaca o capuchinho.
Além do reboco da torre, pelo menos duas chapas metálicas da torre já caíram. A basílica mantém uma conta aberta no Banco do Brasil, para receber doações. Quem quiser colaborar pode depositar qualquer quantia na conta de número 12771-X, na agência 1850-3.
"Felizmente, ninguém se feriu quando o reboco caiu, por volta das 17h30 da quinta-feira (12). Era um pedaço com quase um metro de comprimento, que bateu na calçada e se espalhou pela rua", informa frei França. Estiveram no local, na tarde deste domingo (15), o Corpo de Bombeiros, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Defesa Civil, CTTU e Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife.
O gerente geral de Engenharia da Defesa Civil do Recife, Edgard Melo, disse que a liberação da Rua das Calçadas será definida na reunião que será realizada na igreja, com todos os órgãos envolvidos, na manhã desta segunda.
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